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Novos Rumos

Posted by Savina Martins on 14:09 in , ,

Caros leitores, é com muito prazer que retorno as postagens do Economista Em Formação, já que agora retornei minha graduação em Economia, dessa vez na Universidade Federal do Paraná.

Pode parecer loucura, mas essa época de crise é a melhor para ser economista. É onde somos mais demandado para explicar e solucionar esses fenômenos, essas reviravoltas que acontecem diariamente praticamente. Um desses problemas gira em torno dos investimentos. Investir ou não? Se sim, em quê investir? Quanto?

O Brasil mesmo com crescimento pífio de 2,7% está em condições favoráveis com Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016. A construção civil e serviços são os que encabeçam a lista dos inúmeros setores beneficiados. Na construção civil temos um setor ligado diretamente, mobiliário. Oras, mas parece óbvio: se vai construir, reformar obviamente terá que mobiliar. Como bem lembrado pelo Economista Everson Leão, edificações públicas (estádios na maioria das cidades sede, postos de atendimento aos turistas, ampliação de sedes de governo, hospitais, aeroportos...) e privadas (estádios, hotéis, shopping center...) serão levantadas ou reformadas e precisão de mobília quer seja funcional ou simplesmente decorativa e o mercado de móveis no Brasil carece de investimentos, principalmente para aumentar suas plantas, treinamento de mão de obra, adequação a certificações ecológicas (afinal, consciência ambiental é um fator que diferencia as empresas competitivamente).

Outra atividade suscetível a aumento de investimento é treinamento de mão de obra, principalmente a mão de obra diretamente ligada a turismo e hotelaria.

Claro que entra em questão a continuidade dessas atividades, se elas continuarão estimuladas mesmo com o fim desses eventos. Talvez não com a mesma intensidade, mas é fato que o choque será positivo com um crescimento marginal tendendo a zero, estabilizando em um nível acima do nível atual.

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além da inflação...

Posted by Savina Martins on 20:16 in , , , ,


Olá leitores, estava sem inspiração para blogar sobre economia mas um fato me deu um sopro e resolvi escrever, a palestra do excelentíssimo Sr Presidente do BACEN Henrique Meirelles aqui em Curitiba.
Estou nesse ano com macroeconomia e confesso que é uma maravilha entender e compreender como as políticas tomadas por BACEN, Fazenda influenciam no cenário econômico do país, replicando no mundo!
Esse semestre começamos com mercado de trabalho, salários, níveis de preço, desemprego, produtividade enfim, variáveis que fazem parte da realidade de todas as pessoas. Primeiramente vimos uma abordagem clássica e agora estamos vendo a abordagem neo keynesiana do Blanchard.
O grande fato que me chamou atenção é a fómula dos salários reais em função da determinação de preços, veja:

onde W/P é salário real e μ é o markup. A matemática explica que se a variável μ aumenta, o valor de W/P é menor. Economicamente falando é se as empresas determinam uma taxa de markup alta, os preços dos produtos são maiores e o salário real cai, pois estamos falando de salário em razão do nível de preços. Esse processo é conhecido por todos nós como inflação. A questão que o professor levantou em sala e que me chamou atenção é: será que a causa da inflação no Brasil é somente por causa da carga tributária?
Como a equação e a explicação mostrou, se uma taxa de markup é alta, o nível de preços também é. Há diversos exemplos que mostram como no Brasil as coisas são mais caras que fora, o mais pertinente é o preço de carros, isso ocorre por que a taxa de markup praticada lá fora é menor do que aqui, e então, a carga tributária explica tudo dos altos preços que pagamos pelos nosso produtos? Não. Explica em grande parte mas não tudo. O capitalismo aqui no Brasil traz exatamente na prática a frase Capitalismo Selvagem e enquanto essa cultura de markups altos não for mudada, talvez uma política fiscal contracionista não seja tão efetiva quanto se espera.



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"A riqueza dos políticos"

Posted by Savina Martins on 09:56 in , , ,
Lendo a revista época dessa semana (19 de julho de 2010, nº635) que tem como capa o título desse post fui surpreendida com a reportagem de capa.
Poucas coisas no mundo me deixam impressionada, mas uma delas foi os dados que me deparei durante a leitura.
Em um ranking de 25 candidatos que mais enriqueceram no período de 2006-2010 a variação de crescimento do 25º colocado, o sr Asdrubal Mendes do PMDB-PA foi de 75%, o que me deixa assustada pois nem a China tem um crescimento desse tamanho, que no mesmo período tem um crescimento acumulado de 49,4% (época negócios http://www.macrodadosonline.com.br/epocanegocios.htm) até o segundo trimestre de 2010. Outra coisa que me chamou atenção é que o pódio é ocupado por 3 mulheres, a medalhista de ouro é a Sra. Angela Amin PT-SC cujo patrimônio cresceu incríveis 774% saiu de R$ 2.500,00 em 2006 para R$ 1,6 milhões em 2010, nem somando os rendimentos de Bolsa de Valores, CDB, Poupança seu dinheiro renderia isso meu caro leitor.
Outra grande surpresa é o fato de um político piauiense figurar na lista (ok, nem tanto) mas minha surpresa se deve ao fato de quem se trata, Sr Wilson Martins (PSB-PI), com crescimento de 84% da sua riqueza.
Páginas depois me deparo com outro dado que me envergonha, dos estados da federação um contraste que chega a ser ridículo, os políticos mais ricos estão nos estados mais pobres. O Sr João Claudino (PRTB-PI) que é primeiro suplente do senado, do seu filho João Vicente, é o segundo político mais rico do Brasil, com patrimônio de R$ 624 milhões. Em média os estados do Mato Grosso, Piauí, Amazonas, Tocantins, e Distrito Federal tem os maiores patrimônios, com R$ 2,3 mi, R$ 2,0 mi , R$ 1,6 mi, R$ 1,3 mi, e R$ 932 mil respectivamente.
O que eu quero dizer é que assim como a opinião da revista diz, não é errado ser rico, pelo contrário, quanto mais ricos no país melhor, mas como estudante de economia e possível consultora direi aos meus clientes que o melhor investimento no Brasil é ser político, retorno garantido.

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Mulher

Posted by Savina Martins on 14:40 in , , , ,

Olá colegas, peço desculpas pela ausência. Problemas pessoais. Nada melhor do que voltar com tudo com um post sobre as mulheres, mais especificamente sobre os números que envolve nós mulheres e a economia, vamos lá?
  • Durante a semana, a jornada diária da mulher é de 502 minutos, 5% maior que a do homem (480 minutos);
  • No fim de semana, a jornada diária da mulher é de 326, 62% maior que a carga masculina (201 minutos).
Fonte: Dados da pesquisa da socióloga da UF de MG, Neuma Aguiar Horizonte, em 2002. (OGL-16) - O homem brasileiro apóia a ida da mulher para o mercado de trabalho. Mas apenas 6,1% dividem as tarefas domésticas com elas.
Fonte: Jornal Nacional - 19.04.04 - Pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro

A participação feminina no mercado de trabalho formal do Paraná cresceu de 37,3% em 1995 para 39,7% em 2002
Fonte: Paraná Online

  • 17% dos cargos executivos das 100 melhores empresas para trabalhar são ocupados por mulheres.
    Fonte: Guia Exame edição 2003
  • 41,4% da população economicamente ativa são mulheres.
    Fonte: IBGE 1999
  • 26% das famílias são chefiadas por mulheres, ou seja, 1 em cada 4 famílias é chefiada por uma mulher.
    Fonte: IBGE 2000

  • No mundo, a cada cinco dias de falta da mulher ao trabalho, um é decorrente de violência sofrida no lar.
    Fonte: Relatório Nacional Brasileiro (CEDAw)

  • Brasil deixa de aumentar em 10% o PIB em decorrência da violência contra a mulher.(Fonte: ONU e IDH)

  • Mulheres já representam mais de 40% dos advogados de São Paulo.
    Fonte: Valor Econômico
  • Mulheres estudam mais e ganham menos do que os homens.
    Fonte: Valor Online/IBGE
  • As negras: pioneiras no comércio de rua
    Para comprar sua liderdade, as escravas foram as primeiras a abrir o próprio negócio.
    Fonte: www.paralela.com.br
  • O Terceiro Milênio não chega a milhões de mulheres
    Elas estão espalhadas por 28 países, numa faixa entre o Saara e a Indonésia, onde ainda se pratica a excisão de clitóris. Apesar de proibido em 15 países, cerca de 2 milhões de meninas são sujeitas anualmente ao ritual.
    Fonte www.paralela.com.br
Participação feminina no mercado ainda é inferior
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) apresentou na data de 12.05.03 o relatório global sobre discriminação ’A Hora para a Igualdade no Trabalho’. Segundo o relatório, apesar do crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho, a diferença quanto à participação masculina continua expressiva: chega a ser 30 pontos percentuais inferior à masculina.
No Brasil, a taxa de participação das mulheres na População Economicamente Ativa (PEA) é consideravelmente superior à média latino-americana (55% contra 45%), mas é inferior à média dos países desenvolvidos. O relatório revela que as mulheres negras com baixa escolaridade sofrem ainda mais discriminação no mercado de trabalho.
Fonte: Agência Brasil - A Tribuna Digital

Bom, diante de tantas estatísticas adversas, várias nos mostram que a realidade está mudando. Nossa participação em cargos de chefia nas grandes empresas está aumentando. Economistas, advogadas, estudantes e donas de casa, a tendência é aumentar o nosso market share e fazer uma sociedade mais igualitária.

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Alternativas para desenvolvimento

Posted by Savina Martins on 04:28 in , , ,

Esses últimos dias, estou trabalhando na elaboração de projetos de investimentos para duas associações.
Trata-se de um fundo perdido do BNDES com FECOP - Piauí que querem impulsionar as atividades para estimular a concepção ou ampliar as atividades de APL's no estado. A iniciativa já existe no Ceará e foi muito bem sucedida. Hoje são 25 projetos apoiados no Ceará, e mais 8 passíveis de apoio. Claro que o Governo cearence se preparou para receber esses investimentos, investiu em: Educação, Infraestrutura (vias de escoamento de produção, energia, água, saneamento). Essas ações foram executadas visando desconcentrar o crescimento nas grandes cidades, aquela história de criar condições no campo pro homem lá permanecer.
Com o sucesso dessas ações conjugadas de investimentos, decidiu-se ampliar o programa ao Piauí e Pernambuco.
Pois bem, não vou me ater às obrigações do Governo piauiense para receber esse tipo de investimento afinal não quero me irritar!Então, desses dois projetos que estou trabalhando, um tive a oportunidade de visitar ( outro tô de visita agendada já) e ver de perto a realidade. É uma associação em uma das áreas mais pobres do estado, no Vale do Guaribas, e é uma das cidades mais pobres do país.
Juro que fiquei impressionada, e com toda convicção que eu tenho, não estou falando por que é no meu estado, minha terra, nada de comentário romântico, falo como profissional e também da minha experiência nesse tipo de trabalho. O local reúne várias condições geográficas, climáticas.. que propiciam o desenvolvimento da atividade produtiva (no caso, pecuária leiteira). Outro fator importante é a pró atividade das pessoas que trabalham. Afinal é inútil você ter captar o investimento pra um lugar em que a mão de obra não trabalha. O que existe lá hoje, é somente a produção básica de leite: criam a vaca, retiram o leite e vende. Pronto. Sem agregar nenhum valor ao produto. O que que precisaria para impulsionar essa atividade? Renovar geneticamente o rebanho para melhorar a qualidade do produto final, criar alguma forma de agregar valor ao produto, poderia ser processamento, ou fabricar algum produto a partir do leite. E foi exatamente isso que a Associação pensou e nos procurou para elaborar o projeto nessa linha. O projeto vai requisitar recurso para aquisição de matrizes leiteiras, equipamento para fabricação de iogurte e, a construção de uma pequena estrutura para abrigar esse equipamento.
Onde eu quero chegar senhores é simples, muitos falam que o grande problema do semi árido(ou outras regiões pobres) é o clima, falta de chuvas enfim, mas tome isto como exemplo, o cenário é este que descrevi: árido, chuvas escassas e ainda assim pessoas conseguem tirar alguma coisa dali. Será que certos problemas de pobreza e falta de desenvolvimento não seria acomodação? Esta comunidade não tem quase nada, mas buscou onde havia recursos disponíveis e como fazia para acessá-los e de certo, a realidade daquela cidade daqui há cinco anos não será mais de uma das cidades mais pobres



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Uma boa faculdade de economia precisa...

Posted by Savina Martins on 04:08 in ,

A minha conversa hoje com vocês é bem direta, pessoal, é um recado, a minha opinião do que se tem que fazer antes de escolher a faculda de que você vai passar os próximos 4 ou 5 anos.
Não tem uma fórmula da faculdade de Economia ideal, isso que faz é você. Apesar de todos os estudos apontarem que a faculdade só contribui com 20% da formação do profissional(os outros 80% partem do estudante), a escolha do local que você vai estudar deve ser criteriosa e atender ao que você quer fazer.
Primeiramente é importante ver quais as áreas de atuação que você quer trabalhar. É na iniciativa pública ou privada? É em banco ou em empresa? Feito isso, é importante pesquisar a grade curricular da faculdade desejada. É um curso que preza pela formação em economia política ou economia matemática ou alia as duas áreas? Só um parentese, pra não ficar mal entendido, claro que não há um curso de economia totalmente de economia política ou totalmente matemático, até por que não seria economia, concordam? O que eu tô querendo dizer aqui é que existem cursos que tem um peso maior na grade de disciplinas históricas e políticas, caso da minha querida Universidade Federal do Piauí e faculdades com uma carga maior de disciplinas práticas como a melhor do país na minha humilde opinião, FEA-USP.
Continuando, há oportunidade de se praticar o que se aprende em sala? Daí em diante é importantíssimo saber o que a faculdade oferece, laboratório, empresa júnior, estágios, parcerias com empresa. Se a faculdade oferece pós graduação, mestrados e doutorados, melhor ainda.
Creio que seguindo esses passos, as chances de ficar num troca troca de faculdade são bem menores. É o que eu teria feito se não tivesse escolhido economia por acaso. Não me arrependo da escolha, pelo contrário, hoje não me vejo trabalhando em outra coisa, mas teria evitado essa correria de transferências.

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2010 vem aí....

Posted by Savina Martins on 05:56 in , , ,

Bem, estamos próximos ao ano de 2010 e as projeções espalham-se pelo mundo. Uma que me chamou atenção são os 80.000 pontos na Bovespa, 5% de crescimento do PIB, feita pelo Citi Group. Será que isso é possível neste ano? Um ano de sucessão presidencial não só no Brasil, mas na América do Sul em geral, Chile, Peru... Enfim, será que os investidores ainda se sentem acuados com sucessão presidencial?
Em 2002, na sucessão de Fernando Henrique para Lula, a economia ficou instável, pois havia o temor de que a política econômica definida por FHC fosse deixada e outros moldes fossem tomados pelo novo presidente. O que não aconteceu. Graças a equipe econômica do governo (BACEN com Meirelles e Fazenda com Mantega) a economia ganhou musculatura, fortalecendo o mercado interno que foi o fator decisivo para que a economia brasileira fosse pouco afetada na crise.
Pois bem, 8 anos depois, mesmo tentado a manobrar a constituição para favorecer um 3° mandato, Lula se vai, deixando a dúvida, quem ocupará o Palácio do Planalto?Dilma? Serra? Aécio? Ciro?
Independentemente, o temor dos investidores existe ou é um ponto superado?
Talvez sim. Uma idéia consolidada é que a economia como está, vai bem, e é bem lógico que esta política seja mantida qualquer sucessor. Então as projeções são as mais otimistas possíveis, resistência de 70 mil pontos da Bovespa superada, PIB a 5%, aumento das exportações enfim e com grandes chances de serem concretizadas.
Talvez não. Mesmo sendo contra o programa Bolsa Família, talvez o sucessor, retire o benefício e hoje, vejo que seria um caos, de repente você retira essa "renda" extra da economia, seria realmente caótico, o poder de compra da população cairia drasticamente. Salvo se fosse implantando um programa mais bem sucedido com uma lógica muito melhor sem ser somente transferência de renda.., Enfim, bem ou mal o Bolsa família já foi incorporado na economia brasileira e retirá-lo de uma vez é uma idéia que me preocupa, teria que ser um processo gradativo aliado a implantação de um projeto que gerasse renda para estas pessoas que hoje o recebem.
Dito isso, gostaria de saber dos senhores o que vocês pensam, a sucessão ameaça as projeções otimistas?


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